Abril começou com o pé no acelerador — mas o cenário econômico brasileiro traz tanto sinal verde quanto alerta amarelo. Se você investe, consome ou quer entender para onde vai o seu dinheiro, este resumo é para você. Vamos direto ao ponto: o que aconteceu, por que importa e como pode te impactar.

Selic sobe para 14,25% e encarece o crédito

Na sua última reunião, o Comitê de Política Monetária (Copom) decidiu elevar a taxa Selic para 14,25% ao ano, uma alta de 1 ponto percentual. É o maior nível desde 2016.

Essa decisão surpreendeu parte do mercado e mostra que o Banco Central está em modo “freio de mão puxado” para controlar a inflação. Na prática, isso significa:

• Empréstimos e financiamentos mais caros

• Menor apetite do consumidor

• Pressão sobre o crescimento econômico
  
  
  

Se você tem dívida ou pensa em parcelar, atenção redobrada: o custo do crédito está pesando.

Inflação avança e pressiona o bolso

O IPCA-15 de março subiu 0,64%, puxado por alimentação e bebidas. No acumulado de 12 meses, a inflação está em 5,26%, acima da meta definida pelo Conselho Monetário Nacional.

Com isso, o poder de compra continua sendo corroído. Aqueles gastos invisíveis — como o cafezinho, a saída no fim de semana, ou mesmo a feira — pesam cada vez mais.

PIB de 2024 cresce 3,4%, mas projeções para 2025 são mais modestas

O PIB brasileiro fechou 2024 com alta de 3,4%, mas para 2025, tanto o governo quanto o mercado esperam uma desaceleração. As previsões apontam para um crescimento entre 2,0% e 2,3%.

Com a Selic em alta e inflação pressionada, o ambiente para expansão econômica fica mais restrito. Ainda assim, setores como serviços e agro seguem como pilares importantes.

Dólar estável, mas sob vigilância

O câmbio se manteve estável nas últimas semanas, com o dólar oscilando entre R$ 5,68 e R$ 5,76. Essa estabilidade é sustentada por um cenário externo favorável e entrada de capital estrangeiro.

No entanto, mudanças na política monetária dos EUA ou tensões geopolíticas podem provocar oscilações — então o investidor deve seguir atento.

Conclusão: tempo de cautela, não de pânico

A economia brasileira em abril de 2025 é marcada por juros altos, inflação persistente e um crescimento em desaceleração. O momento exige planejamento e cuidado, mas também abre oportunidades para quem está bem-informado.

Acompanhe o Valor Educa para entender o impacto dessas decisões no seu bolso e aprender a proteger (ou até fazer crescer) o seu dinheiro.