Governo Desiste de Criar Teto para Isenção do Imposto de Renda para Portadores de Doenças Graves
Governo desiste de limitar isenção de Imposto de Renda para portadores de doenças graves, mantendo benefício integral e atendendo a demandas sociais e jurídicas.
Por Redação Valor Educa
3/9/20253 min read


O governo federal anunciou que não irá mais estabelecer um teto para a isenção de Imposto de Renda para portadores de doenças graves, medida que estava sendo estudada dentro do pacote de ajustes fiscais.
Inicialmente, a proposta previa limitar a isenção do IR para aposentados e pensionistas com rendimentos superiores a R$ 20 mil por mês, como forma de compensar a ampliação da faixa de isenção do IR para quem ganha até R$ 5 mil mensais.
A decisão de não criar um limite para a isenção de IR foi confirmada pelo Ministério da Fazenda, que informou que a medida foi retirada das discussões a pedido do presidente Lula. Assim, a isenção do Imposto de Renda continua válida para todos os portadores de doenças graves, independentemente da renda mensal.
Mas afinal, quais as implicações dessa decisão? Como isso impacta a arrecadação federal e o equilíbrio das contas públicas? Vamos explorar essas questões em detalhes.
Por que essa proposta surgiu?
O debate sobre a isenção do Imposto de Renda para aposentados e pensionistas com doenças graves ganhou força em novembro de 2024, quando o governo anunciou um pacote de medidas para equilibrar as contas públicas.
A ampliação da isenção do IR para quem ganha até R$ 5 mil trouxe um impacto na arrecadação, levando o governo a considerar formas de compensar essa perda de receita. Uma das alternativas cogitadas foi a criação de um teto de R$ 20 mil para que a isenção de IR para portadores de moléstia grave fosse aplicada apenas a quem ganhasse até esse valor mensal.
A justificativa era de que o benefício deveria ser direcionado para quem realmente precisa, garantindo maior equidade na tributação. No entanto, a proposta foi recebida com forte oposição de entidades e especialistas em direito tributário.
Reações e Controvérsias
A proposta de limitar a isenção do IR para pessoas com doenças graves gerou um intenso debate. Associações médicas, entidades de aposentados e especialistas tributários argumentaram que a mudança poderia prejudicar milhares de brasileiros que enfrentam custos elevados com tratamento médico.
A Associação Nacional dos Auditores Fiscais da Receita Federal (Unafisco) foi uma das primeiras a se manifestar contra a proposta, alertando que a redução do benefício poderia ser considerada inconstitucional. Além disso, destacou que muitos aposentados e pensionistas com moléstias graves dependem dessa isenção para custear tratamentos contínuos, medicamentos de alto custo e assistência especializada.
O temor era de que, ao estabelecer um teto para a isenção do IR para aposentados e pensionistas, o governo estaria retirando um direito adquirido de pessoas que já enfrentam desafios financeiros e de saúde.
Diante da pressão popular e da mobilização de diversas frentes, o presidente Lula optou por descartar a proposta, garantindo que a isenção do Imposto de Renda continuará válida para todas as faixas de renda.
Impacto da Decisão na Arrecadação
A manutenção da isenção de IR para pessoas com doenças graves sem restrições gera um impacto na arrecadação do governo. Segundo especialistas, a medida representa uma renúncia fiscal significativa, e o governo precisará buscar outras fontes de compensação para equilibrar o orçamento.
Entre as opções que podem ser consideradas para compensar essa perda de receita, estão:
✔ Revisão de isenções fiscais para setores específicos – O governo pode eliminar benefícios concedidos a algumas indústrias.
✔ Aperto na fiscalização de grandes patrimônios – Tributação de grandes fortunas e investimentos no exterior está no radar da equipe econômica.
✔ Reformas na tabela do Imposto de Renda – Ajustes nas alíquotas e deduções podem ser debatidos no Congresso.
Embora a decisão de manter a isenção do IR para moléstia grave tenha sido bem recebida pela sociedade, o governo agora precisa lidar com o desafio de aumentar a arrecadação sem prejudicar a população mais vulnerável.
O Que Esperar Daqui Para Frente?
Com a isenção do Imposto de Renda para pessoas com doenças graves mantida, a equipe econômica do governo deve continuar trabalhando em outras medidas para compensar o impacto fiscal.
O projeto de lei que incluirá a ampliação da faixa de isenção do IR ainda não foi enviado ao Congresso, e é possível que novas propostas de ajustes sejam apresentadas durante as discussões parlamentares.
Para os contribuintes, a isenção do IR para portadores de moléstia grave está garantida no momento, mas especialistas recomendam acompanhar as mudanças na legislação tributária para entender como elas podem impactar seus direitos e obrigações fiscais no futuro.
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